No dia das mães quero deixar minha homenagem com a poesia “Mocita” escrita pelo gaúcho, de Alegrete, Antonio Augusto Fagundes.
A tarde quase morrendo
Degolada no horizonte
Guardou a moeda do sol
No cofre escuro do monte
E uma garça abriu as asas
No reflexo da fonte.
Moça, tão moça – Mocita
Casou com o taura e se foi
Em vez de canto na igreja
Berro de potro e de boi
E um rancho de santa fé
No cerro onde o sol se põe.
Ela abriu sulcos na terra
Para uma seara infinita
Mãe Constância, mãe Ternura
Moça, tão moça – Mocita
Mãe Coragem sempre a mesma
E cada vez mais bonita.
Do que viu de ruim na vida
Com o tempo se esqueceu
Agora recolhe os louros
Que Deus – gaúcho – lhe deu
No amor de seus doze filhos
– Todos melhores que eu.
Mas no meu peito gaúcho
Só tem lugar para um altar
Nele eu botei uma Santa
Que não canso de adorar
E é sempre nela que eu penso
Quando a dor vem me chamar.
Ela abriu sulcos na terra
Para uma seara infinita
Mãe Constância, mãe Ternura
Moça, tão moça – Mocita
Mãe Coragem sempre a mesma
E cada vez mais bonita.
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Linda poesia.
ResponderExcluirConheci seu site através de colegas do DiHitt e pretendo passar aqui mais vezes!
Muito bom!