A inveja e a ganância destrói a
vida das pessoas. Aqui no RS uma família foi destruída pela inveja e ganância.
Na cidade chamada Cristal, no interior do RS, um irmão matou o irmão e a cunhada,
colocou os corpos no carro e depois queimou tudo. O motivo foi que tinha inveja
do irmão mais moço que tinha mais sucesso nos negócios que ele.
A polícia constatou que o filho
do assassino também participou do crime. Quando o pai soube de tudo ficou tão
desesperado que cometeu suicídio. Assim a família que possuía os pais, os
filhos, nora e netos ficou dizimada. No texto abaixo, escrito pelo médico J. J.
Camargo no caderno Vida do jornal Zero Hora conta a história de um paciente que
logrou o médico para não pagar a conta. No texto vê-se que ainda há esperança e
que, as vezes, os filhos podem ser melhores que os pais.
Há muito aprendi que, de fato,
não conhecemos ninguém até que haja dinheiro envolvido na relação. No máximo
teremos uma ideia, uma vaga ideia. Por isso, um inventário pode estremecer
famílias aparentemente sólidas e os Natais correm o risco de nunca mais serem
os mesmos depois de uma partilha de bens.
Quando a avaliação concluiu que o
tumor do Edvaldo era operável, ele perguntou quanto custaria a cirurgia. A
resposta, a de sempre: costumo cobrar tanto por esse procedimento, mas antes
tenho que lhe dizer duas coisas. Primeiro, não sei das suas condições
econômicas, porque não o conheço e, portanto, preciso que me diga se lhe parece
razoável e nos ajustaremos às suas possibilidades. E, segundo, nunca deixei de
tratar ninguém por causa de dinheiro. Essa abordagem, o tempo me ensinou,
fortalece enormemente a relação médico/paciente.
Ele, visivelmente relaxado, achou
que estava bem o valor proposto e encerramos a conversa.
Uma semana depois, pronto para ir
embora, aparentemente constrangido, me disse: “Dr., surgiram problemas. A conta
hospitalar excedeu em muito a estimativa, e assim estou chateado em lhe dizer,
mas não consigo lhe pagar mais do que 30% do valor que combinamos.”
Como sempre parto do princípio de
que as pessoas são sérias – e a maioria absoluta de fato é –, repeti o que
havia dito em relação a aceitar o que o paciente assume que pode pagar, e
acrescentei que de qualquer jeito eu estava gratificado com a evolução
satisfatória do seu caso, apesar da complexidade. Se fiquei chateado – e quem
não ficaria? –, acho que disfarcei bem.
Dois meses depois fui procurado
por um filho dele, um jovem advogado que, angustiado, me confessou: “Meu pai é
um dos homens mais ricos do Centro-Oeste, tanto que viemos para cá no nosso
próprio avião. Ele nem imagina que estou aqui, e que vim lhe trazer o resto do
dinheiro, mas na verdade voltei porque não suportava mais ouvi-lo contar aos
seus amigos como fez para lhe passar para trás!”
Ele parecia aliviado na
despedida, e eu fiquei pensando que essa discrepância de caráter,
definitivamente, não é comum. Difícil imaginar que um tipo tão mesquinho, e tão
desprovido de qualquer resíduo de autoestima, tenha produzido um herdeiro tão
digno e tão corajoso para cumprir o que achava correto.
Se tivesse interesse em
investigar esse caso com mais profundidade, começaria com uma solicitação de
DNA.
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Realmente , parece que nem tudo que nossos filhos herdam de nós reflete em sua personalidade. A opção do filho pela honestidade é muito louvável. Cada um tem seu caráter indiferente se seus pais são bons ou maus. Há casos e inúmeros de pais honestos e filhos que não valem nada!!! Ainda resta esperança para a humanidade!!!
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