Neste
dia das mães publico a história que me foi enviada pelo Clube das Histórias que
trata da necessidade de compreendermos as imperfeições dos outros, pois nós
também somos imperfeitos e criticar os defeitos que percebemos nas pessoas que
se relacionam conosco é fácil, difícil é aceitar que nos indiquem os nossos. A história tem o título: Abraçando a imperfeição e, assim, foi contada:
Quando
eu era criança, a minha mãe gostava de fazer, de vez em quando, um lanche à
hora de jantar. Lembro-me especialmente de um desses lanches, feito por ela
após um dia de trabalho muito cansativo.
A
minha mãe colocou um prato com ovos, linguiça e torradas na mesa, diante do meu
pai. As torradas estavam bastante queimadas e eu recordo-me de ficar à espera
de que alguém reparasse nesse pormenor. O meu pai pegou numa torrada, sorriu
para a minha mãe e perguntou-me como tinha corrido o dia na escola.
Não
me lembro da resposta que dei, mas lembro-me do gosto com que ele comeu aquela
torrada, depois de a barrar com manteiga e compota. Quando saí da mesa, a minha
mãe pediu desculpa ao meu pai pelas torradas queimadas. Ouvi-o responder:
—
Não te preocupes, querida. Eu adoro torradas queimadas.
Quando,
mais tarde, fui dar um beijo de boas-noites ao meu pai, perguntei-lhe se tinha
gostado realmente da torrada queimada. Respondeu de um forma que nunca esquecerei:
—
Filho, a tua mãe teve hoje um dia de trabalho muito cansativo e estava exausta.
Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida está cheia de
imperfeições e não há pessoas
perfeitas. Eu também não sou um cozinheiro perfeito e nem sequer um funcionário
perfeito…
Ao
longo dos anos, tenho constatado e aprendido que, uma das chaves mais
importantes para estabelecer relações saudáveis e duradouras, é saber aceitar
as imperfeições dos outros.
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