Em
minha casa, o começo de um novo ano escolar significa sempre voltar à rotina. É
a mesma rotina que acontece em todo o país: levantar as crianças da cama,
certificar-se de que todos tomaram o pequeno-almoço, verificar se a filha mais
nova, de cinco anos, tem os sapatos calçados, ver se o cabelo está escovado e
os dentes lavados, distribuir o almoço ou o dinheiro para o pagar, pegar nas
mochilas e sair apressadamente…
Raramente
refletimos nas atividades do dia-a-dia. Como mãe, basta-me estar por perto, e
tudo se vai fazendo. As tarefas sucedem-se na minha mente, a cada momento. À
exceção de uma manhã recente.
—
As árvores estão a dançar, exclamou a minha filha mais nova quando saíamos de
casa.
A
conversa sobre as árvores dançantes e a sua coreografia continuou durante cerca
de dois minutos até que, por fim, ignorei as tarefas, desviei a minha atenção
da rotina diária e reparei como o vento soprava forte naquele dia. Oh! As
árvores estavam a dançar! E eu estava tão ocupada que não conseguia ver o mundo
à minha volta! Comecei a prestar atenção ao movimento das folhas e à beleza das
árvores a dançar, e toda a minha concentração se alterou…
Sentir
a vida através dos olhos de uma criança de cinco anos trouxe de volta beleza e
admiração às minhas manhãs diárias. Dou-me conta muitas vezes de que é fácil
perder o sentido do milagre, do maravilhoso da Criação, que eu tinha em
criança. O mesmo é verdade sobre a minha relação com o divino. Quanto mais
tempo estiver absorta na rotina, tanto maior é a probabilidade de perder parte
desse milagre, de esquecer a veneração, a frescura e a paixão.
Foi
preciso uma criança para me lembrar de que é necessário parar e dar valor ao
milagre da minha relação com a Vida!
Fonte: Clube das Histórias. Deborah L. Kaufman
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